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Homenagem às ativistas dos direitos das mulheres no Dia Internacional da Mulher

Na guerra e na paz, nossas companheiras apoiam mulheres e meninas

Uma mulher segura uma placa que diz “Educação sexual para decidir, contraceptivos para evitar o aborto”, enquanto ela participa do Dia Mundial de Ação pelo acesso ao aborto legal, seguro e gratuito, fora do parlamento em Caracas, Venezuela, 28 de setembro de 2021. © 2021 AP Photo/Ariana Cubillos

Neste Dia Internacional da Mulher, homenageamos todas as mulheres que se apoiam nestes tempos extraordinários.

Hoje, centenas de milhares de mulheres fogem do conflito na Ucrânia, muitas cuidando de dependentes, após serem separadas de seus companheiros do sexo masculino que são obrigados a ficar para trás porque foram recrutados para lutar. Elas se juntam às milhões de refugiadas ao redor do mundo, em outro lembrete de que conflitos armados e crises de refugiados são crises de direitos das mulheres.

No Afeganistão, as mulheres estão arriscando suas vidas, lutando para recuperar os direitos que o Talibã lhes nega. Estamos com elas, amplificando suas vozes e contando suas histórias. Nas regiões de Tigray e Amhara, na Etiópia, bem como em outras áreas em conflito, sobreviventes de violência sexual têm lutado para acessar os serviços necessários para curar e recuperar suas vidas. Estamos com todas essas mulheres.

No Dia Internacional da Mulher, estamos com as mulheres na Polônia que protestaram contra a proibição do aborto em seu país. Estamos com as mulheres ao redor do mundo lutando para acabar com o casamento infantil, violência sexual e violência baseada em gênero, enquanto trabalhamos por salários iguais para trabalhos iguais e políticas de licença familiar. Estamos com as mulheres cujas terras foram tiradas delas e com aquelas que estão educando outras mulheres sobre os perigos do aquecimento global e das mudanças climáticas para a saúde durante a gravidez. E estamos com mulheres assediadas e perseguidas por sua orientação sexual e identidade de gênero.

Na Human Rights Watch, trabalhamos com muitas mulheres fortes, criativas e perseverantes. Estamos com nossas companheiras no estado americano da Geórgia, lutando contra as disparidades raciais no acesso aos serviços de saúde para câncer de colo do útero. Trabalhamos com nossas companheiras no Equador enquanto elas pressionam por uma lei que garanta o acesso ao aborto legal para sobreviventes de estupro, e torcemos pelos ganhos de nossas aliadas na Colômbia e no México enquanto os tribunais promovem o direito ao aborto para mulheres e meninas. Comemoramos quando as companheiras na Tanzânia finalmente viram a política aprovada permitindo que mães adolescentes frequentassem a escola, e continuaremos trabalhando até que todas as meninas, inclusive mães grávidas e jovens, tenham acesso à educação.

Estamos com as mulheres do Oriente Médio e do Norte da África lutando pelo fim das políticas de tutela masculina que restringem a liberdade delas de viajar, casar, estudar, trabalhar e muito mais, e lutar contra a impunidade da violência baseada em gênero.

Estamos com as mulheres lutando para acabar com a violência no trabalho, inclusive com as trabalhadoras domésticas migrantes para acabar com o trabalho forçado, o tráfico e garantir proteções trabalhistas iguais.

Também estamos com mulheres e meninas em todo o mundo sendo punidas por usar ou não um véu na cabeça.

A luta pelos direitos das mulheres é ampla e variada. No entanto, estamos todos conectadas, apoiando uma as outras, pauta por pauta, país por país, região por região. Junto com nossas companheiras, comemoramos as vitórias e lamentamos as perdas. E a cada dia, estamos criando estratégias para avançar no reconhecimento dos direitos das mulheres.

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