De acordo com o Ministério do Interior da Croácia, nos primeiros oito meses de 2019 foram registrados 11.813 novos migrantes e solicitantes de refúgio, principalmente do Afeganistão, Paquistão e Turquia, um aumento de mais de 8.600 em comparação com mesmo período em 2018. No mesmo período, 974 pessoas solicitaram refúgio e as autoridades aprovaram 71 pedidos, incluindo 13 registrados em 2018.
A Croácia informou ter recusado a entrada de 9.487 pessoas em suas fronteiras nos primeiros 8 meses do ano. Apesar de relatos críveis durante o ano sobre retornos forçados ilegais e violentos de migrantes à Bósnia e Sérvia pela polícia croata, em violação à legislação da UE sobre refugiados e direitos humanos, a Croácia não enfrentou consequências por parte das instituições da UE. Em dezembro de 2018, a presidente da Croácia reconheceu na televisão suíça que a força é às vezes usada, mas depois voltou atrás em seus comentários.
Apesar das consistentes recomendações à Croácia por parte de organismos internacionais para que o país facilite a assistência baseada na convivência comunitária para todas as pessoas com deficiência que atualmente se encontram em instituições, a Croácia persistiu em seus planos de enviar adultos com deficiência a instituições de acolhimento, anunciando um projeto de lei em dezembro de 2018. Em janeiro de 2019, o Ministério de Políticas Sociais indicou que 4.216 adultos haviam sido colocados em 1.481 lares de acolhimento familiar.
Em julho de 2019, a Croácia ratificou a Declaração de Escolas Seguras, comprometendo-se a abster-se do uso de escolas para fins militares em guerras. Segundo a Ouvidoria Nacional para os Direitos das Crianças da Croácia, as crianças do povo Roma eram o grupo mais vulnerável em 2019, com limitado acesso a serviços. Em janeiro, um projeto de memória sobre o Holocausto, liderado por universidades e realizado em toda a Europa, concluiu que o revisionismo histórico na Croácia está entre os mais altos na UE.
Ao longo de um ano de vários ataques violentos a sérvios-croatas, a Ouvidoria e os grupos da sociedade civil da Croácia manifestaram preocupação com o clima de intolerância contra minorias.
Entre janeiro e setembro de 2019, a organização não governamental Documenta registrou 39 casos de crimes de guerra contra 59 réus nos tribunais da Croácia. No mesmo período, 15 pessoas foram condenadas por crimes relacionados à guerra, incluindo uma por violência sexual.
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