<<precedente | índice | seguinte>> II. MetodologiaHuman Rights Watch visitou Timor-Leste em maio-junho de 2005 e entrevistou mais de oitenta pessoas sobre a questão da violência policial e da crescente impunidade . As entrevistas foram conduzidas primariamente nos distritos de Baucau, Bobonaro e Díli. Todas as entrevistas foram conduzidas por um investigador da Human Rights Watch em indonésio ou inglês. Human Rights Watch entrevistou mais de trinta vítimas e testemunhas de violência policial. Nós também entrevistámos uma série de ONGs nacionais e internacionais, representantes da agência das Nações Unidas e da Missão de Apoio das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMISET), incluindo o Representante Especial do Secretário-Geral Sukehiro Hasegawa, e funcionários da Unidade de Direitos Humanos e Assuntos Políticos. Desde então, UNMISET foi dissolvida, mas muitos dos funcionários entrevistados trabalham agora para o Gabinete das Nações Unidas em Timor-Leste (UNOTIL) e continuaram a fornecer informação e a prestar assistência a Human Rights Watch. A polícia das Nações Unidas no Timor-Leste forneceu uma vasta colaboração a nível nacional e distrital; Human Rights Watch agradece especialmente ao Conselheiro Sénior da Polícia da ONU Saif Ullah Malik pelo tempo dispensado. Human Rights Watch reuniu-se com uma série de oficiais do governo e da polícia de Timor-Leste. Agradecemos a cooperação do Comissário da Polícia de Timor-Leste Paulo Martins e do Vice-Ministro do Interior Alcino Barris pela assistência oferecida durante a nossa pesquisa. A força policial de Timor-Leste ofereceu um alto nível de cooperação ao longo da viagem de pesquisa, e permitiu a Human Rights Watch acesso a várias esquadras de polícia, unidades de detenção, e à academia nacional de formação. Apesar de vários pedidos por escrito e por telefone feitos pela Human Rights Watch, lamentamos não termos conseguido encontrar-nos com mais membros do governo do Timor-Leste, incluindo com um representante do Gabinete do Primeiro-Ministro ou do Ministério da Justiça. Para os propósitos deste relatório, Human Rights Watch só se debruçou sobre a conduta da força policial regular de Timor-Leste, e não das unidades especializadas. Excepto onde indicado, Human Rights Watch não
oferece conclusões quanto à culpa ou inocência em termos criminais de qualquer
vítima de abuso policial descrito neste relatório.
|