O relatório de 125 páginas documenta o sistema de explorações e abusos em que pelo menos 50 000 rapazes conhecidos como talibés - a grande maioria com menos de 12 anos e muitos a partir dos quatro anos de idade - são forçados a mendigar nas ruas senegalesas durante longas horas, sete dias por semana, por professores frequentemente brutalmente agressivos, conhecidos como marabus. O relatório denuncia que os rapazes são frequentemente vítimas de abusos extremos, negligência e exploração por parte dos professores. Baseia-se em entrevistas feitas a 175 actuais e antigos talibés, bem como a cerca de 120 outros indivíduos, incluindo marabus, famílias que enviaram os filhos para estas escolas, académicos islâmicos, funcionários do governo e trabalhadores humanitários.