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(Washington, D.C.) – O governo do Chile deve garantir que suas forças de segurança respeitem os direitos fundamentais de seus cidadãos enquanto buscam conter os protestos - algumas vezes violentos - que vêm acontecendo no país, diz a Human Rights Watch. As autoridades chilenas devem investigar e responsabilizar pessoas que tenham cometido crimes e atos de violência durante os protestos, bem como membros das forças de segurança que tenham respondido com força excessiva.

Desde o dia 18 de outubro de 2019, milhares de chilenos saíram às ruas para protestar contra um aumento nos preços do transporte público. As manifestações aumentaram, refletindo a insatisfação com o custo de vida e a desigualdade no país, e já se estendem por dias. No dia 19 de outubro, o presidente Sebastián Piñera declarou estado de emergência em várias partes do país, restringindo a movimentação de pessoas.

"Estamos profundamente preocupados com as imagens de brutalidade policial no Chile", disse José Miguel Vivanco, diretor da divisão das Américas da Human Rights Watch. "O presidente Sebastián Piñera deve deixar claro para as forças de segurança chilenas que elas devem respeitar os direitos humanos. Ele também deve garantir que os agentes envolvidos em abusos sejam pronta e imparcialmente investigados".

No dia 22 de outubro, o subsecretário do Interior do Chile, Rodrigo Ubilla, afirmou que 2.643 pessoas haviam sido presas e que 15 haviam morrido desde o começo dos protestos. O Instituto Nacional de Direitos Humanos do país relatou que 84 pessoas haviam sido feridas por armas de fogo nos protestos entre os dias 17 e 21 de outubro. Algumas delas foram atingidas por tiros ou balas de borracha no rosto, pescoço e cabeça, segundo relatos médicos fornecidos a uma organização local.

The O gabinete do Procurador-Geral confirmou que um membro das Forças Armadas foi detido por sua suposta participação na morte de um homem de 25 anos. O rapaz foi atingido por um tiro no peito durante uma manifestação no dia 21 de outubro, na cidade de Curicó, onde não foi declarado estado de emergência.

Imagens de fontes seguras têm circulado mostrando membros das Forças Armadas espancando manifestantes já presos e agredindo um homem que, aparentemente, apenas observava. As imagens também mostram um homem sendo arremessado da parte de trás de um carro oficial em movimento.

Alguns manifestantes atuaram de maneira violenta, vandalizando estações de metrô e ateando fogo ao prédio de uma companhia elétrica e ao escritório do jornal El Mercurio na cidade de Valparaiso.

A Justiça chilena também deve conduzir investigações rápidas, profundas e imparciais sobre os sérios crimes cometidos por manifestantes nos últimos dias", disse Vivanco.

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